sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Solidão menino...


A solidão...
A solidão vai, a solidão volta...
A solidão vai e vem...
Sem vacilar ela vagueia por entre vozes vadias...
Vago diante daquele em que cheio de
vaidade, ela se foi para o vale-tudo
dos braços de um menino...
Ah! Quem me dera que essa solidão
fosse um aviso!
Se ela viesse e do vazio fizesse um verso voador,
para velejar no ar e viajar no amor...
A solidão...
Com vontade ela vai viver
no ventre desse menino...
Esse volúvel menino que vai no
vai-da-valsa sob um véu de mistério,
vasculhando a vida...
Queria vivamente eu, voar nas vezes
desse valente menino.
Com velocidade da luz no vácuo, fazer uma via-sacra
na sua via-láctea...
Vagante menino esse, que
vem valsar na sua própria solidão,
vagalumeando sua vida de
vais-não-vais...
Vacilando, esse valente menino se vexa
e com voz de pérola negra, canta um
"baby te amo" bem vivaz...
Ah! Menino valente, se você visse
como eu te vejo nesse instante,
talvez nunca, nunca mais
deixaria essa voante e hilariante
solidão, se alojar em seu coração...


Ari Custódio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário