quarta-feira, 27 de junho de 2012
Na noite passada.
Na noite passada, não pude te sentir...
Na noite passada, não li os seus pensamentos...
Na noite passada, ficou um estranho vazio,
desses que incomodam a gente por dentro...
Percebi que tenho medo de sentir
tudo de novo...
Sentir aquele arrepio no corpo
quando era abraçado...
Estou com tanto medo...sim...
medo de me entregar para alguém...
ou para você...
Na verdade, não quero me magoar.
Me assusta querer sentir novamente
todas essas sensações...
Eu quero amar e ser amado
mas não de maneira vaga,
como já prevesse que todo esse carinho
não tenha o propósito de durar...
Meus gestos, minhas manias e maneiras,
de nada me serviram nesses tempos a sós
comigo mesmo pois você conseguiu
transpor as barreiras erguidas...
Confesso envergonhado até,
que sinto medo de me entregar
a esse amor e me iludir...
Sinto-me inseguro como há muito
não me sentia mas não
significa que desisto de amar, isso nunca!
Sinto-me como uma criança
diante do primeiro amor,
diante da sua rara beleza,
diante do poder que exerce
sobre minha alma...
Continuo com meus pés no chão,
apesar desse insegurança mas,
sem a ilusão do que possa ou não,
acontecer...mas quero que
aconteça!
Na noite passada, pensei nisso...
Na noite passada, te desejei como nunca...
Na noite passada, percebi que te amo...
Ari Custódio.
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