Revelação.

E eu me sentia tão bobo...
Mesmo que nem tudo fosse como eu gostaria, aqueles caminhos
que eu percorria quase todos os dias; eu poderia fazê-los de olhos fechados.
Tudo a minha volta, se tornara tão colorido; tão bonito;
só porque a sua existência era algo concreto. Você estava lá.
Você existia e formava metade da minha felicidade,
metade dos meus sonhos e uma parte inteira de mim mesmo.
Tudo se torna agora tão pequeno sem você.
Você esmaga sua própria ausência com uma presença tão forte
que me fez perceber que o mundo antes de você não era mundo.
Era apenas o rascunho de tudo de melhor que existe,
já que o melhor de verdade foi poder te descobrir.
Viver sem ter conhecido você, seria viver sem vida,
viver sem graça, viver por viver.
Eu tenho agora um grande segredo e que guardarei
aqui dentro durante toda a minha existência só por nós.
Eu passaria por cima de tudo, não me importaria.
Se o meu coração fosse grande demais, eu o diminuiria.
Se o querer de estar perto fosse muito, eu me afastaria, (assim como já estava fazendo a seu pedido),
só para não ter a chance de te perder por isso.
Se as demonstrações de afeto fossem frequentes demais, eu as guardaria.
O meu amor, de tão grande, te dava autonomia para fazer o que quisesse.
Eu queria, eu escolhi isso.
Escolhi você e a escolheria todas as vezes que me dessem a opção de mudar.
Eu queria muito continuar aqui, empacado no mesmo lugar,
se isso significasse que você fosse continuar fazendo com que eu me sentisse bem
e tivesse vontade de espalhar a minha alegria pelo mundo,
do jeito que fosse, fazendo com que eu amasse cada pedacinho seu,
se isso significasse que, de uma forma ou de outra, você ainda fosse minha.
Agora que as pessoas querem me ouvir,você me ouviria também?
Agora que me deram o direito de falar, você me daria também?
Eu sou pequeno para o mundo, mas não posso fazer nada se nossas consciências
conhecem a verdade de tudo e que não estamos distantes por acaso...
Não quero precisar repetir para Deus e o mundo
o quanto você é magnífica pra mim.
Você tirou a minha acomodação com o passado
e me fez descobrir um mundo totalmente novo.
Você, durante esses poucos meses, fez eu ter vontade de
acordar, fez eu ter vontade de sorrir,
fez eu ter vontade de viver e por isso que eu ignoro
quando falam que o que eu senti(e sinto)
não é verdadeiramente forte.
Se ter vontade de viver não for algo grandioso, por favor me matem,
pois não teria sentido nenhum eu continuar aqui.
Esses poucos meses juntos me fizeram perceber
que eu esperei a vida inteira para sentir o que eu senti com você.
"Poucos meses não foram tempo o suficiente para gostar".
Foi isso que me disseram(e dizem ainda), quando o assunto é você.
Mas quem disse que a medida que eu uso são os meses, os dias ou as horas?
Eu uso "as borboletas" na mente; a suave queimação na barriga;
as sensações velhas porém reformuladas que você trouxe,
mas as pessoas não compreendem.
Infelizmente hoje, não terei mais a oportunidade de anunciar ao mundo,
o mundo incrível que eu descobri quando você me chamava de amorzinho
e era perfeito para a minha vida.
Deixo aqui hoje então, meu sincero agradecimento
pela oportunidade que eu tive de você ter entrado em minha vida.
Obrigado pelos dias que eu não vi motivo para sorrir
e mesmo assim você conseguiu estampá-lo em meu rosto.
Por ter sido essa pessoa maravilhosa e enigmática
que tanto me apaixonou(e ainda apaixona).
Hoje eu me sinto mais completo por poder traduzir
tantas coisas que sempre latejaram na minha cabeça...
Vou terminar por aqui dizendo o que há muito tempo penso em dizer,
sem me preocupar se vai parecer apelativo ou não;
se vai parecer sincero ou não: - Eu amo você!
E é para sempre, ok ?!

Ari Custódio.