terça-feira, 28 de setembro de 2010
Magia de um lugar incomum.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Meu pai!!!

Faz tempo que tento escrever algo sobre você meu pai.
Lembro-me do tempo de infância que tinha você como um herói, assim como todos os pais que amam seus filhos e brigavam com os amiguinhos, dizendo que o meu pai era o melhor.
Muitas lembranças tenho mas as mais marcantes foram a do dia em que enfiei o pé na roda da sua bicicleta e torci o tornozelo e você(rsrs), chorou pois havia quebrado uns raios e a mãe reclamou pois deveria chorar por mim e não pela bicicleta e quando eu, brincando de pular fogueira, as chamas estavam altas e queimei os cabelos(pouca coisa) e levei um tabefe na cabeça (rsrsrs), dos passeios no clube dos Portuários, etc... Tempos maravilhosos esses.
O tempo foi passando e aprendi a vê-lo em suas fragilidades e nas faltas de brincar no chão com a gente mas mesmo assim, estava ali presente do teu jeito.
Reportando-me à educação que tiveste, me é agora mais fácil compreender a tua inabilidade em demonstrar afetividade pois vinha de uma família numerosa e pobre.
Conforme o senhor mesmo dizia, meu avô era um homem rude e seco no que se referia aos filhos pois, sempre no sustento da família, sobrava-lhe pouco tempo para os muitos filhos.
Infelizmente não o conheci, a não ser através de fotos mas, tenho a certeza de que os amava, da maneira dele.
O tempo foi passando e fomos ficando mais amigos e por muitas vezes, sentamos no sofá e conversamos sobre vários assuntos e dava-me conselhos e exemplos dos tempos em que era moleque e da liberdade que tinham naqueles tempos.
Pode parecer estranho mas, guardo até hoje os poucos ensinamentos que me passou, nos momentos em que estávamos a sós.
Nunca nos negaste nada do que estivesse ao teu alcance, apesar de todas as dificuldades da vida, imposta na parte material e isso, foi uma lição para mim.
Houve momentos de turbulência em família e lembro-me que fiquei com muita raiva de tí mas, minha mãe, com toda a sua sabedoria e paciência que parecia não ser dela, me disse que a luta não era minha e sim dela e alí, lembro-me que chorei muito e então, passei a vê-lo com olhos de filho...de um filho que ama o seu pai, assim como ele é.
Lembro-me também que numa tarde em que a mãe não estava em casa,ignorando o meu comportamento em relação a tí, me pegaste pela mão e conduziu-me a garagem.
Não sei explicar o que houve naqueles instantes...
Lembro-me apenas do calor do teu abraço... da tua voz pedindo-me perdão por não ser o pai que eu tanto desejava mas que o seu vício, era terrível e não conseguia controlar-se e se não fosse a mãe, estaria perdido há muito tempo e a amava por tanta paciência que tinha com ele então, perguntei-lhe se nos amava a todos de verdade e você disse que nos amava com muita força no coração e não sabia como demonstrar.
Abraçamo-nos fortemente e senti alí, o super-homem que era, na tentativa de se superar, no apoio de um braço forte que era a minha mãe!
Mais de 30 anos se passaram e já caminhamos tanto em nossa relação.
Compreendo que mesmo no silêncio dos teus lábios, acompanhavas-me.
Talvez entenda-te tanto porque me veja em tí.
Emudecer diante da dor ou da extrema alegria são características nossas.
Alguns chamam isso de indiferença ou orgulho. Nós sabemos que não.
Aprendi depois daquela tarde, que amá-lo sem aquela armadura que o via vestindo tornou-se muito mais fácil.
Um herói de carne e palpável a todos nós, que o amamos incondicionalmente.
Obrigado meu papai ARY por todo o carinho e amor guardado por nós!! TE AMO!!!
Ari Custódio.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Jamais se abandone

Parece fácil falar assim mas nem sempre meu coração quer isso. Tantas vezes me condenei por não ter forças para vencer meus próprios sentimentos de derrota. Por quantas maneiras procurei extinguir sentimentos de angústia, depressão, sofrimentos. A gente vai aprendendo a cada dia a suportar e conviver com tudo isso dentro de nossos pensamentos, dentro de nossa alma já sofrida de outros tempos que não lembramos mas, que tudo está ali, aguardando. Amigos, família, amor, trabalho, enfim, tudo se completa mas nunca da maneira que tanto sonhamos e é justamente aí, que nos sentimos derrotados, talvez por puro egoísmo, pois queremos tudo da nossa maneira e não como a vida nos impõe os fatos. Chega um determinado momento em que nos entregamos a derrota da alma, do coração que tanto queríamos bem. Caímos no fundo de um poço escuro, silencioso, liso nas paredes. Pensamos estar só e ficamos cegos a tudo e a todos os que nos querem o melhor. Não entendemos que cada dia de sofrimento interior, é menos o tempo de felicidade. Tantos tombos levei...tantas fraturas na alma tive que suportar... tantas lágrimas foram derramadas para poder entender que tudo fora causado por mim mesmo. Entendi hoje que é preciso seguir sempre em frente, independente das derrotas que são momentâneas pois somos eternos e não existe o tempo para a alma. Não tenho hoje, não amei hoje, não fui compreendido hoje, serei amanhã. Peço perdão àqueles que tanto sofreram junto a mim por não saberem que era eu que não os compreendia. Peço perdão por diversas vezes ferir, sem perceber a gravidade dos cortes e das cicatrizes ali deixadas. Peço a aceitação dos lindos momentos e também dos de sofrimentos. Agradeço a ti por ter ficado distante sem mesmo abandonar-me à própria escuridão onde, vez por outra, vinha me ver se estava bem. Não se tem volta quando se parte para longe e as marcas deixadas se apagam mas, se pode seguir com mais cautela, olhando cada passo como se fosse o mais importante e assim, ir firme no propósito de ser feliz, mostrando aqueles que nos cercam, o quanto os amamos. E se hoje não for reconhecido, o farei amanhã e depois de amanhã, e depois pois sei que um dia, serei visto com outros olhos e quando receber "aquele sorriso", verei que não foi em vão. "JAMAIS SE ABANDONE" à própria anulação. Olhe a tua volta. Sinta as pessoas, as flores, os animais, o vento, a chuva, o sol. Tudo está ali, do teu lado de fora. Somos o que somos e para melhorarmos, temos que nos melhorar internamente.
Ari Custodio.
A amizade

Na gradação dos sentimentos humanos, a amizade sincera é bem o oásis de repouso para o caminheiro da vida, na sua jornada de aperfeiçoamento.
Nos trâmites da Terra, a amizade leal é a mais formosa modalidade do amor fraterno, que santifica os impulsos do coração nas lutas mais dolorosas e inquietantes da existência.
Quem sabe ser amigo verdadeiro é, sempre, o emissário da ventura e da paz, alistando-se nas fileiras dos discípulos de Jesus, pela iluminação natural do espírito que, conquistando as mais vastas simpatias entre os encarnados e as entidades bondosas do Invisível, sabe irradiar por toda parte as vibrações dos sentimentos purificadores.
Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.
Jesus é o Divino Amigo da Humanidade.
Saibamos compreender a sua afeição sublime e transformaremos o nosso ambiente afetivo num oceano de paz e consolação perenes.
Emmanuel /Chico Xavier(1940)
Assinar:
Postagens (Atom)